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Bruxas Natalinas



É muito interessante ir em busca de histórias sobre bruxas e monstros ao redor do mundo e perceber que, na grande maioria das vezes, Deusas conectadas com a natureza e as estações do ano foram transformadas em mulheres más que devoram criancinhas e aterrorizam adultos. A palavra bruxa e a prática de bruxaria, nem mesmo tinham um nome antes da ascensão do cristianismo, que nomeou as práticas pagãs para poder definimo heresia e assim condenar diversas pessoas inocentes.

Portanto, uma data tão antiga e celebrada como o Natal não poderia deixar de ter suas próprias “bruxas aterrorizantes”! Vem comigo conhecer 3 delas:


A Bruxa italiana, La Befana: Enquanto as crianças dormem, La Befana enche suas meias com doces e brinquedinhos, ou, carvão, caso elas não tenham se comportado.

Para recebê-la, as crianças deixam um copo com café com leite na cozinha, junto com as meias a serem preenchidas. Normalmente, as crianças na manhã do dia 6 de janeiro encontram suas meias cheias de doces e, no fundo da meia, torrões de açúcar preto representando o carvão, porque certamente também foram um pouco travessos.

A Befana passa o ano inteiro trabalhando arduamente como artesã para premiar as crianças e catando cinzas e carvão para repreendê-las.


Frau Perchta, a Deusa tríplice transformada em Bruxa Má: Berchta era a deusa associada ao ciclo de vida, morte e renascimento. Retratada como uma bela mulher com cabelos longos e brancos e frequentemente chamada de Mulher Branca ou Dama de Branco. Ela era considerada uma deusa tríplice e era capaz de assumir as formas de donzela, mãe e velha. Então, como Berchta se tornou Perchta? Como essa deusa benevolente foi demonizada e transformada em uma bruxa má? Três palavras: A Igreja Medieval.


O cristianismo tornou-se poderoso na Baviera por volta do século VI. Os cultos pagãos que evoluíram em torno de Berchta eram bastante fortes e os adoradores de Berchta recusaram-se a ser absorvidos pelas novas tradições cristãs. E assim, para fins de conversão, a Igreja recorreu ao medo.

Seu nome foi mudado, entre outras coisas. A palavra “perchten” significa monstros assustadores, então Berchta se tornou “Perchta, líder dos Perchten”. Berchta, a sábia dama branca, passou a ser conhecida como Perchta, uma bruxa de nariz torto que esfaqueia barrigas na semana do Natal.


Na Islândia, o feriado do meio do inverno conhecido como jól - uma versão da palavra Yule, que descreve essa época de reunião, festa e comemoração e que evoluiu para o Natal moderno - é geralmente mais sombrio do que no restante do mundo (e não só porque o sol quase não aparece nessa época do ano). As primeiras celebrações da temporada eram vistas não apenas como um momento para reunir parentes, vivos e falecidos, mas também elfos, trolls e outras criaturas mágicas e assustadoras que se acredita habitarem a paisagem. Grýla, cujo nome se traduz livremente como “rosnador”, estaria entre eles, aparecendo com um rabo com chifres e uma sacola na qual ela jogava crianças travessas. Estas crianças seriam depois comidas por ela, fazendo com que seu humor melhorasse até o próximo ano.

Aparentemente, esta bruxa é capaz de sentir o cheiro da travessura, já que, segundo a lenda, ela perde o faro se a criança de alguma forma se arrepende e conta aos seus pais o que fez de errado. Além de perder o cheiro, a Grýla não é capaz de devorar uma criança que se arrepende. Supostamente, o gosto desta passa a ser terrível.



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